Mais que um número: A responsabilidade de buscar um telefone de funerária em BH

Como escolher um agente funerário
O peso por trás de um simples contato e a importância de saber para quem ligar
O erro de salvar o primeiro número e a minha dica para criar uma “lista de paz”
“Lili, eu preciso de um número. Pelo amor de Deus, só me manda um telefone”. Foi uma amiga, no meio da tarde de uma quinta-feira. A voz dela, um fiapo. O mundo dela tinha acabado de ruir, e no meio do nevoeiro, a única coisa que ela conseguia verbalizar era a necessidade de um contato. Um simples telefone de funerária em BH. É curioso, como advogada, eu lido com contatos o dia todo. Intimações, notificações… um número de telefone é o começo de uma ação. Mas a carga emocional depositada na busca por esse telefone é algo que não se compara a nada.
O desafio é que, no desespero, qualquer sequência de dígitos parece servir. O erro é esse: pegar o primeiro telefone de funerária em BH que o Google te mostra em um anúncio grande e chamativo. É um ato de pânico. Eu senti o peso da responsabilidade. Eu não podia mandar “um” número. Eu precisava mandar “o” número certo. Lembro de olhar para a tela do meu celular, os resultados da busca subindo, e sentir o frio na barriga. Aquele contato definiria a qualidade do amparo que minha amiga receberia na pior hora da vida dela.
A minha dica prática, um conselho quase profissional, mas que vem do coração: crie uma “lista de paz” no seu celular. Um contato com o nome “Emergências Importantes”, talvez. E, num dia calmo, pesquise e salve ali o número de uma ou duas funerárias bem recomendadas, junto com o do seu seguro, de um bom chaveiro… Coisas que você nunca quer usar, mas que te salvam. Porque na hora H, você não vai conseguir pesquisar direito. Eu respirei fundo, fiz uma verificação de 5 minutos e mandei pra minha amiga: “Anjo, liga pra esse aqui. Já dei uma olhada, eles são sérios. Diz que foi a Lilian que indicou”. Aquele “selo de confiança” improvisado era o mínimo que eu podia oferecer. Ela me disse depois que ter recebido um contato já “filtrado” por mim tirou um peso que ela nem sabia que estava carregando.