
Como escolher um agente funerário
A busca na madrugada: Minha experiência com uma funerária BH 24h
O peso do telefone e a necessidade de um amparo que não dorme
O erro que cometi e a dica que pode te salvar no pior momento
Sabe aquele telefonema que ninguém nunca quer receber? O meu chegou às 2:17 da manhã de uma terça-feira. Silêncio do outro lado, depois o choro contido da minha prima. Meu tio. Tinha acontecido. E no meio do meu próprio choque, a frase que sempre cai no meu colo: “Lili, o que a gente faz agora?”. Eu, a advogada da família, a resolvedora de problemas. Mas que problema, né? A primeira coisa que me veio à mente foi a necessidade de uma funerária BH 24h. Uma busca no Google, os dedos tremendo um pouco.
O desafio não era só encontrar um número. Era encontrar acolhimento. Meu maior erro, naquele primeiro momento, foi focar na logística. Liguei pro primeiro resultado. A voz do outro lado, sonolenta e burocrática, começou a listar procedimentos. Frio. Impessoal. Desliguei. Não era um “serviço” que eu procurava, era um amparo. Lembro do cheiro de café frio que tinha ficado na minha xícara, de horas antes. A casa estava num silêncio que doía, um vazio que parecia ter som. Eu só queria alguém que dissesse “calma, eu entendo”.
Minha dica prática, aprendida na pele: não escolha pelo topo da lista do Google, escolha pela sensibilidade no primeiro contato. Na segunda ligação, para outra funerária BH 24h, a moça que atendeu fez uma pausa depois que eu expliquei a situação e disse: “Meus sentimentos, Lilian. Respira fundo. Nós vamos cuidar de tudo, passo a passo”. Uai, aquilo mudou tudo. A voz dela era calma, o ritmo era humano. Foi essa a minha preferência pessoal: a humanidade. Meus pais, quando contei no dia seguinte, ficaram aliviados. “Você sempre acha o jeito certo, filha.” Mal sabiam eles do meu desespero inicial. A gente fala dos gastos, claro, mas naquela hora, a paz de espírito de ser bem acolhida não tinha valor. Foi a melhor decisão que tomei naquela noite terrível.