A linguagem do adeus: a escolha da coroa de flores em BH

Como escolher um agente funerário
Mais do que um arranjo, uma mensagem silenciosa de amor e respeito
O erro de escolher pela aparência e a dica sobre o significado das flores
A primeira vez que me vi responsável por escolher uma coroa de flores em BH, me senti completamente perdida. Foi para o pai de uma amiga de infância. Eu estava no site da funerária, olhando um catálogo infinito de arranjos, com nomes como “Lágrimas de Saudade” e “Paz Eterna”. As fotos eram bonitas, mas vazias de significado para mim. Qual escolher? A mais cheia? A mais colorida?
O desafio é traduzir um sentimento em um arranjo floral. O erro é escolher apenas pela estética ou pelo preço. É fácil cair na armadilha de pegar a “padrão” ou a “mais imponente” sem pensar em quem era a pessoa. Lembro de quase clicar na mais cara, achando que estaria “homenageando mais”, um pensamento bobo, movido pela dor e pela pressão do momento. O cheiro do café na minha cozinha parecia amargo, e a tarefa, que deveria ser um gesto de carinho, estava se tornando um fardo.
A minha dica prática: pense na personalidade de quem partiu. O pai da minha amiga era um homem alegre, que amava jardinagem e tinha um canteiro de girassóis em casa. Em vez de escolher uma coroa padrão, eu liguei para a floricultura parceira da funerária. “Olha, é possível fazer uma coroa focada em girassóis e flores do campo? Era a cara dele”. A moça que me atendeu foi de uma sensibilidade incrível. “Claro, que homenagem linda!”. A coroa ficou deslumbrante, cheia de vida, assim como ele era. Quando minha amiga viu, ela abriu um sorriso em meio às lágrimas. “Nossa, Lili. É ele todinho aqui”. A escolha da coroa de flores em BH se tornou a mais pessoal e tocante das homenagens.