Um adeus para quem tem quatro patas: minha experiência com a cremação de animais em BH

 

Como escolher um agente funerário

A dor que muitos não entendem e a busca por um final digno

 

 

O erro de não se informar antes e a descoberta de um serviço de puro respeito

 

Meu Beethoven, um labrador velhinho, foi meu companheiro por catorze anos. Ele dormia aos meus pés enquanto eu varava noites trabalhando em processos. O silêncio que ficou em casa quando ele se foi, numa manhã de domingo, foi a coisa mais barulhenta que já ouvi. E no meio da minha própria dor, veio a pergunta prática e desesperadora: o que eu faço agora? Foi a minha primeira e dolorosa busca por cremação de animais em BH.

O desafio é lidar com um luto que nem todo mundo valida. “Era só um cachorro”, alguns pensam. O erro que cometi foi não ter pensado nisso um segundo antes. Eu não fazia ideia de que existiam serviços tão dignos, e me senti culpada por não ter um plano. Lembro de abraçar a manta macia dele, sentindo o cheirinho familiar, enquanto buscava no celular, com a visão embaçada pelas lágrimas.

A dica que hoje dou a todos os meus amigos que têm pets: pesquise antes. Tenha o telefone de um lugar de confiança salvo. Quando encontrei uma empresa de cremação de animais em BH, a moça que me atendeu foi de uma doçura, de um respeito que me desmontou. Ela se referia ao Beethoven pelo nome. Explicou sobre a cremação individual, sobre a devolução das cinzas. Dias depois, quando me entregaram uma pequena urna de madeira com o nome dele gravado, eu senti uma paz. Era o fechamento de um ciclo de amor incondicional. E ter encontrado um serviço que honrou isso foi fundamental para o meu luto.