Um passo delicado: O que aprendi ao lidar com a exumação de corpo em BH

Como escolher um agente funerário
Entre a burocracia e o respeito, como funciona o procedimento
O erro de encarar com medo e a dica para transformar o momento em uma nova homenagem
“Exumação”. A palavra é feia, fria, e arrepia. Parece algo tirado de um processo criminal. Quando um cliente me procurou, com uma carta oficial do cemitério em mãos, ele estava apavorado. A notificação sobre a exumação de corpo em BH do pai dele, após os três anos regulamentares, parecia uma profanação. Meu primeiro trabalho foi acalmá-lo e desmistificar o processo.
O desafio é lidar com o tabu e o medo que cercam este procedimento. O erro é evitar o assunto, procrastinar, ou encará-lo como algo macabro. A verdade, que aprendi acompanhando esse cliente, é que a exumação pode ser conduzida com um respeito e uma dignidade imensos. É um procedimento administrativo, sim, mas que não precisa ser desprovido de sentimento.
A dica que posso dar, e que fez toda a diferença para essa família: transforme a necessidade em uma nova homenagem. Converse com a funerária e o cemitério sobre as opções. “A família pode estar presente? Podemos fazer uma breve oração?”. No caso do meu cliente, eles decidiram cremar os restos mortais após a exumação de corpo em BH. Nós organizamos uma pequena cerimônia no crematório, apenas para os mais íntimos. Foi um segundo adeus, muito mais sereno e consciente do que o primeiro, vivido no calor da dor. O que começou com uma carta assustadora terminou com a família levando para casa as cinzas do pai em uma urna bonita, sentindo que o ciclo de cuidados tinha se completado de forma honrosa.