Depois do adeus: As dúvidas práticas sobre a cremação em BH

Como escolher um agente funerário
Da urna ecológica ao destino das cinzas: o que ninguém te conta
O erro de não planejar o “depois” e as opções que encontrei com uma amiga
Já falei aqui sobre o lado emocional da escolha pela cremação. Mas outro dia, uma amiga muito querida, superligada em ecologia, me procurou para uma conversa diferente. “Lili, estou fazendo meu planejamento em vida. Quero a cremação em BH, mas e depois? O que acontece com as cinzas? Não quero ser um peso pro planeta nem ficar num pote empoeirado na estante de alguém”. A pergunta dela abriu um novo universo de pesquisa para mim.
O desafio é que a maioria das pessoas para de pensar no momento em que a cremação acontece. O erro comum é não planejar o “depois”, o que pode gerar um novo problema para a família. O que fazer com a urna? Onde jogar as cinzas? A gente começou a pesquisar e descobrimos um mundo de possibilidades. Visitamos uma empresa que nos mostrou urnas biodegradáveis, que se dissolvem na terra. Sentimos a textura da madeira de reflorestamento, vimos catálogos de pingentes feitos com uma pequena porção das cinzas, uma joia de memória.
A dica prática que surgiu dessa jornada: pergunte sobre as opções para o destino das cinzas antes de fechar o contrato. A sua busca por cremação em BH não deve terminar no procedimento em si. “Vocês têm parceria com locais para o plantio de árvores memoriais? Oferecem urnas ecológicas?”. Encontramos uma opção linda, aqui perto de BH, onde as cinzas são integradas a um substrato para plantar uma muda de ipê. Minha amiga ficou com os olhos brilhando. “É isso! Quero virar uma árvore”. A decisão sobre a cremação em BH, para ela, se completou ali. Deixou de ser um fim, para se tornar um novo começo, um legado verde. E essa paz, uai, não tem preço.