A última caminhada: O passo a passo do sepultamento em BH

 

Como escolher um agente funerário

Do cortejo ao adeus final, os rituais que nos dão amparo

 

 

O erro de não se preparar para o “depois do velório” e a importância do cerimonial

 

O velório, por mais doloroso que seja, é um lugar de abraços, de histórias, de calor humano. Mas e depois? O momento do sepultamento em BH é diferente. É mais silencioso, mais definitivo. A experiência que me ensinou isso foi no enterro de um parente mais velho, onde a tradição era muito forte. O cortejo lento, a chegada ao cemitério, o silêncio que se impõe… é um ato com um peso imenso.

O desafio é que a família tende a esgotar toda a sua energia emocional no velório. O erro é não se preparar para o impacto do sepultamento. É o ato final, o fechamento físico do ciclo. Lembro de estar no cemitério, sentindo o sol da manhã na pele, o cheiro de terra úmida e das flores das coroas. O som das orações finais, o silêncio que se seguiu… é um momento de uma intensidade brutal e, ao mesmo tempo, strangely, pacificador.

A minha dica, aprendida na prática: converse com a funerária sobre o cerimonial de sepultamento. Pergunte: “Como vocês conduzem esse momento final? Haverá um mestre de cerimônias? Teremos um momento para uma última palavra?”. Saber o que esperar diminui a ansiedade. Um bom cerimonial conduz a família por esse rito de passagem. Durante o sepultamento em BH do meu parente, o agente funerário convidou quem quisesse a jogar uma flor sobre o caixão. Esse pequeno gesto, tão simples, deu a todos um senso de participação, de um último ato de amor. É o ritual que nos carrega quando as pernas não têm mais força.