A paz da aparência: minha jornada para entender a tanatopraxia em BH

 

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O medo do desconhecido e como uma explicação sensível mudou minha percepção

 

A primeira vez que ouvi a palavra “tanatopraxia” foi do outro lado da mesa de uma funerária. Eu estava com um cliente, um senhor que acabara de perder a esposa após uma longa doença. O agente funerário sugeriu o procedimento e eu vi o pânico nos olhos do meu cliente. “Fazer mais coisas nela? Mexer mais?”. A palavra soava invasiva, assustadora. E o meu desafio ali foi ser a ponte entre o termo técnico e o coração de um viúvo. Tive que entender rápido o que era a tanatopraxia em BH para poder acalmá-lo.

O erro que quase cometemos foi recusar por puro preconceito e medo. A gente imagina coisas, cenários de filme. A palavra é feia, não ajuda. Mas ali, senti que precisava ir além. Pedi ao agente que nos explicasse o processo, não de forma técnica, mas de forma humana. O que aquilo significaria para a aparência da esposa do meu cliente no velório?

A dica que aprendi na pele: peça uma explicação sobre o resultado, não sobre o método. O agente, muito sensível, disse: “Pense na tanatopraxia não como um procedimento, mas como um cuidado para que a sua esposa pareça serena, como se estivesse dormindo em paz. Para que a última imagem que os amigos e a família tenham dela seja a mais bonita e tranquila possível”. Aquilo mudou tudo. Meu cliente se desarmou. Ele não estava “mexendo” no corpo dela; ele estava cuidando da memória dela. A tanatopraxia em BH, então, se revelou não um procedimento mórbido, mas um ato de carinho, um jeito de garantir que o adeus fosse marcado pela paz, e não pela imagem da doença.