A Pergunta de Milhões: Afinal, quanto custa um funeral em BH?

Como escolher um agente funerário
Desvendando os fatores que compõem o valor de uma despedida
O erro de buscar um número fixo e a dica para ter uma estimativa realista
“Lili, me fala uma coisa na real, sem rodeios… quanto custa um funeral em BH?”. A pergunta veio de um colega mais novo, durante um café na Savassi. Ele estava começando a organizar a vida financeira e se deparou com esse buraco no planejamento. A minha resposta, para a surpresa dele, foi: “Depende. É como perguntar quanto custa uma casa. Você quer com um quarto ou quatro? No Mangabeiras ou em Venda Nova?”.
O desafio é que lidamos com a morte como um evento único, mas o funeral é um serviço composto por dezenas de pequenas escolhas. O erro é buscar um número mágico, um preço de prateleira. Lembro de rabiscar num guardanapo os componentes para ele: “Olha, tem a urna. Tem o tipo de velório e o tempo. Tem o transporte. Tem a preparação do corpo. Tem o sepultamento ou a cremação. Cada item desse tem um valor próprio”. O cheiro de pão de queijo quente no ar contrastava com a seriedade do nosso papo, mas era necessário.
A minha dica prática é: troque a pergunta. Em vez de “quanto custa?”, pergunte a si mesmo “quais são as minhas prioridades?”. Com uma lista básica do que é essencial para sua família (ex: “precisamos de um velório para muitas pessoas” ou “a cremação é inegociável”), você pode pedir uma simulação a uma funerária. A pergunta certa para eles é: “Com base nessas necessidades, em qual faixa de valores estamos trabalhando?”. Assim, você entende quanto custa um funeral em BH para você, e a resposta se torna uma ferramenta de poder, não uma fonte de ansiedade.