A pergunta final: afinal, vale a pena ter plano funerário?

 

Quais são os cinco estágios do luto? Além disso, quanto tempo eles duram

Uma análise de uma advogada: tranquilidade x custo de oportunidade

 

 

O erro de pensar só no financeiro e o verdadeiro valor do amparo

 

Numa reunião de família, meu primo mais novo, recém-formado e começando a vida, me puxou de canto e perguntou: “Tia Lili, sendo bem direta… vale a pena ter plano funerário ou é melhor eu só guardar dinheiro na poupança pra isso?”. A pergunta é ótima, e a resposta não está na ponta do lápis.

O desafio é que a gente tende a fazer uma conta puramente matemática. O erro é comparar a mensalidade do plano com o rendimento de um investimento, esquecendo de colocar na equação a variável mais importante: o caos emocional. O dinheiro guardado, por mais que exista, não vem com um manual de instruções 24h por dia, não conhece os trâmites com o IML, não sabe qual cemitério tem vaga, não negocia com fornecedores.

A minha dica para quem se faz essa pergunta: a questão não é financeira, é operacional e emocional. Pense na sua família. No dia mais triste da vida deles, eles terão estrutura psicológica para pesquisar, ligar, negociar e organizar um evento complexo em menos de 24 horas? O plano funerário não é um investimento que te dá retorno financeiro. É um seguro que te dá retorno de paz. Você paga para poupar sua família de um estresse que dinheiro nenhum no mundo pode medir. Então, pra mim, a resposta para “vale a pena ter plano funerário?” é um sonoro “sim”. Vale cada centavo de tranquilidade.