A última barreira contra o tempo: o que aprendi sobre o embalsamamento em BH

Como escolher um agente funerário
Mais do que nos filmes, uma necessidade para velórios longos e viagens
O erro de associar o procedimento a algo faraônico e a sua real função prática
A palavra “embalsamamento” sempre me soou grandiosa, quase cinematográfica. Coisa de faraós, de personalidades históricas. Nunca pensei que seria uma questão prática na minha vida, como advogada em Belo Horizonte. A necessidade surgiu quando uma família precisou realizar um velório de três dias, para que parentes de outros países pudessem chegar. A funerária, então, recomendou o embalsamamento em BH.
O desafio foi desmistificar o procedimento. O erro imediato da família, e meu também, foi pensar em algo extremamente complexo e caro, quase como uma mumificação. A gente tem essa imagem, né? Mas a realidade é muito mais técnica e focada na conservação por um período maior. Lembro de estar na sala de reuniões da funerária, sentindo o cheiro de café fresco, enquanto o agente nos explicava a diferença entre embalsamamento e tanatopraxia, com uma paciência e clareza admiráveis.
A minha dica prática: entenda o “porquê” antes de decidir. Se o velório for se estender por mais de 24 horas ou se houver um translado longo, o embalsamamento não é um luxo, é uma necessidade técnica para garantir a dignidade da pessoa. É um procedimento de saúde e respeito. A família, ao entender que o embalsamamento em BH era um cuidado para que a despedida pudesse ser feita com a presença de todos e com a aparência serena do ente querido, ficou muito mais tranquila. Foi a decisão correta e permitiu que a despedida fosse completa, sem pressa, reunindo todos que o amavam.