Acolhendo a vizinha: A busca por uma funerária em Belo Horizonte agora

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O desafio de ser o porto seguro de alguém quando você também está abalado
O erro de não ter uma rede de apoio e a importância da comunidade
A campainha tocou de um jeito desesperado, insistente. Era minha vizinha, Dona Elza, uma senhora de 80 e poucos anos, com os olhos arregalados de pânico. “Lili, o meu João… ele não acordou”. Entrei no apartamento dela, o ar pesado, com aquele cheiro familiar de naftalina e do perfume de violetas que ela sempre usava. E ali, na poltrona dele, o silêncio confirmava tudo. Os filhos dela, morando longe. Naquele momento, eu era a única rede de apoio dela. A necessidade de encontrar uma funerária em Belo Horizonte agora era minha, por ela.
O desafio é imenso. Você precisa ser forte por outra pessoa enquanto seu próprio coração está apertado. Eu sentia a mão trêmula dela na minha, e o meu trabalho era ser a calma em meio ao seu caos. O erro, que na verdade era uma lição sobre a vida, foi ver o quanto ela estava despreparada. Ela e o marido nunca tinham conversado sobre isso. Não tinham um plano, um contato, nada. A busca por uma funerária em Belo Horizonte agora começou do zero absoluto, no pior cenário possível.
Minha dica, quando você está ajudando alguém nesse estado: seja um filtro. Não adianta abrir o Google e mostrar dez opções. Eu pedi que ela se sentasse, fiz um chá, e fiz a pesquisa por conta própria. Liguei para duas empresas, expliquei a situação delicada. Escolhi a que me pareceu mais paciente. Só então eu me virei pra ela e disse: “Dona Elza, encontrei uma empresa. Eles são muito cuidadosos e podem vir agora para nos ajudar. A senhora concorda?”. Tirei o peso da escolha dos ombros dela. A minha preferência sempre será por essa abordagem: resolver, mas com afeto. Ver a equipe chegando e tratando minha vizinha com um carinho de neto foi a confirmação de que a escolha por aquela funerária em Belo Horizonte agora tinha sido a certa.