O Coração do Contrato: Entendendo a cobertura de plano funerário

Como escolher um agente funerário
O que realmente está (ou não) incluído na sua apólice
O erro de não ler as exclusões e a dica para escolher uma cobertura que te protege de verdade
Recentemente, ajudei um casal de amigos dos meus pais a analisar duas propostas de plano funerário. Eles estavam sentados à mesa da cozinha lá de casa, o cheiro de bolo de fubá no ar, e olhavam para os papéis com uma expressão confusa. “Lili, os dois dizem que cobrem o funeral, mas os termos são tão diferentes…”. Meu trabalho ali foi ser uma “tradutora” de ‘segurês’, para explicar o que é o coração de qualquer apólice: a cobertura de plano funerário.
O desafio é que a gente se atrai pela lista de itens inclusos e raramente olha a parte das “exclusões” ou “limites”. E é ali que mora o perigo. O erro é assumir que a cobertura é total e irrestrita. Peguei um marcador e mostrei a eles: “Vejam, este plano cobre translado, mas só até 200 km. Este outro cobre a urna, mas até um valor X. Passou disso, a diferença é de vocês”.
A minha dica prática, de advogada: sempre peça a “Tabela de Serviços e Limites”. Ao analisar a cobertura de plano funerário, você precisa saber exatamente o que está pagando. A taxa do cemitério está inclusa? O velório tem limite de horas? A cremação é 100% coberta ou é apenas um “auxílio-cremação”? Fazer essas perguntas não é ser pessimista, é ser diligente. Uma boa cobertura não deixa espaço para interpretações. É ela que garante que, no futuro, a única preocupação da sua família seja com a saudade.