O que aprendi sobre cremação em BH depois de duas experiências distintas

 

Como escolher um agente funerário

Uma escolha pessoal que ainda gera dúvida e a importância da informação

 

 

Do preconceito familiar à cerimônia que realmente fez sentido

 

A primeira vez que a palavra “cremação” apareceu na minha família foi como um tabu. Minha avó, uma católica fervorosa, dizia que era “coisa de gente sem fé”. Anos depois, quando um tio muito amado, um espírito livre, deixou claro em vida que essa era sua vontade, o assunto voltou. E coube a mim, a advogada da família, pesquisar e organizar a cremação em BH. Foi uma jornada de desconstrução.

O maior desafio foi lidar com as opiniões divergentes da família. Parte queria atender ao desejo dele, parte se sentia desconfortável, quase traindo uma tradição. O erro seria ter ignorado esses sentimentos. Meu trabalho foi ser uma ponte. Pesquisei tudo sobre cremação em BH: os locais, como funcionava o processo, as possibilidades de cerimônia. Sentei com meus tios e primos, com um bolo de fubá quentinho na mesa – o cheiro me lembra casa, conforto – e expliquei tudo. Não como advogada, mas como sobrinha. Mostrei que a despedida poderia ser tão ou mais bonita e significativa.

A dica prática é: visite o crematório antes, se possível. Veja o ambiente. É um lugar que te traz paz? A segunda experiência que tive, com a mãe de uma amiga, foi muito mais tranquila, pois ela já tinha feito essa visita em vida. Minha preferência pessoal recai sobre os locais que oferecem uma sala de memória, um espaço para uma última homenagem antes do procedimento. A cerimônia do meu tio foi linda. Tocamos as músicas que ele amava, contamos histórias. O calor do sol entrando pela janela da capela, a sensação do abraço coletivo… foi transformador. Meus parentes mais resistentes vieram me agradecer depois. “Eu não entendia, Lili. Agora eu vejo que foi o certo pra ele”. E no fim, é isso que importa. A escolha pela cremação em BH precisa fazer sentido para quem partiu e para quem fica.