O que há em um nome? Desvendando a escolha da urna funerária em Belo Horizonte

Como escolher um agente funerário
A confusão entre urna, caixão e esquife, e como a linguagem importa no luto
O erro de não perguntar o básico e a dica para alinhar a família
“Lili, foi uma confusão terrível”. A voz da minha amiga ao telefone estava carregada de estresse. “O rapaz da funerária começou a falar da escolha da ‘urna’ e minha sogra desabou, achando que a gente ia cremar o meu sogro contra a vontade dele”. Naquele momento, eu entendi como uma simples palavra pode gerar uma crise. A busca por uma urna funerária em Belo Horizonte tinha virado um mal-entendido familiar doloroso.
O desafio, como advogada e amiga, foi atuar como tradutora. Não de línguas, mas de terminologias. O erro que a família cometeu foi assumir que todos tinham o mesmo entendimento da palavra “urna”. Para a funerária, era um termo técnico que abrangia tanto o caixão para sepultamento quanto o recipiente para cinzas. Para a sogra da minha amiga, significava apenas uma coisa: cremação. Lembro de pedir um minuto, respirar fundo e sentir o peso que uma simples palavra pode ter.
A minha dica prática é: comece pelo básico. Clarifique os termos. Hoje, quando ajudo alguém, essa é minha primeira pergunta ao agente funerário, na frente da família: “Para não haver dúvidas, quando o senhor fala em ‘urna’, está se referindo ao caixão para o sepultamento, correto?”. Essa pergunta simples desarma a tensão. A preferência é sempre por profissionais que se antecipam a isso. Depois que eu expliquei a questão para a família da minha amiga, o alívio foi palpável. A escolha da urna funerária em Belo Horizonte deixou de ser um campo minado e voltou a ser o que deveria: