O Repouso da Memória: Entendendo a necessidade de um ossuário em BH

 

Como escolher um agente funerário

Depois do tempo, um novo lugar: a transição para um espaço de recordação perpétua

 

 

O erro de não planejar essa etapa e a dica para escolher o local certo

 

O luto tem fases. A primeira é urgente, caótica. Anos depois, ele se torna uma saudade serena, que nos visita em dias calmos. E é geralmente nessa fase que um novo termo surge: ossuário. Passei por isso com a minha família. Três anos após o falecimento do meu avô, recebemos um comunicado do cemitério. O prazo do jazigo temporário estava terminando. Precisávamos decidir sobre a transferência dos restos mortais para um ossuário em BH.

O desafio é revisitar a dor, mesmo que de forma mais branda. O erro que muitas famílias cometem é não saber que o primeiro sepultamento pode ter um “prazo de validade”. Ninguém te conta isso na hora da dor, e a notícia, anos depois, pode ser um choque. Lembro de ir ao cemitério com minha mãe em uma tarde tranquila de terça-feira. O som dos pássaros, o cheiro de grama. Era um ambiente muito diferente do dia do funeral. Vimos as pequenas e organizadas placas de mármore do ossuário e entendemos: era sobre dar um lar definitivo à memória dele.

A minha dica prática, de quem já passou por isso: ao contratar um sepultamento, pergunte sobre o futuro. “Qual o prazo de permanência neste jazigo? Quais são as opções depois?”. Saber sobre a necessidade de um ossuário em BH desde o início te prepara. A escolha do local do ossuário se tornou, para nós, um novo ato de homenagem. Escolhemos um nicho que recebia o sol da manhã, o que pareceu certo para o meu avô. É o fechamento de um ciclo,