O valor do último cuidado: questionando o preço da tanatopraxia em BH

Quais são os cinco estágios do luto? Além disso, quanto tempo eles duram
O dilema entre o custo e o desejo de uma despedida serena
O erro de ver como um “extra” e a minha percepção sobre o que realmente se paga
Depois de entender o propósito da tanatopraxia, veio a questão prática: o custo. “Doutora, mas esse valor a mais… vale a pena?”. A pergunta do meu cliente era legítima. No meio de tantos gastos que um funeral impõe, questionar o preço da tanatopraxia em BH é natural. A gente tende a cortar o que parece supérfluo.
O desafio é colocar na balança algo tão subjetivo. O erro é enxergar esse procedimento como um “luxo” ou um “adicional” desnecessário. Inicialmente, confesso que até eu, com minha mente prática de advogada, pensei se aquele custo era mesmo justificável. Eu senti o peso daquela decisão financeira para a família. Lembro de olhar a tabela de preços, os números frios, e tentar conectá-los com o benefício emocional que o agente tinha descrito.
A dica prática: pense nisso como um investimento na paz de espírito dos que ficam. Em vez de focar no preço da tanatopraxia em BH, pergunte a si mesmo: “Como eu quero me lembrar dessa pessoa? Como eu quero que meus filhos, meus parentes, se lembrem?”. Para aquele meu cliente, a decisão foi tomada quando ele pensou nos netos. Ele queria que a última visão que os pequenos teriam da avó fosse de serenidade. E foi. No dia do velório, ele me segurou pelo braço, olhou para a esposa e disse, com os olhos cheios de lágrimas, mas com um sorriso sereno: “Valeu cada centavo, doutora. Ela está em paz. E agora, eu também estou”. E ali eu entendi que o que se paga não é pelo procedimento, é por essa sensação. É o preço da boa memória.