Um Passeio pela Memória de BH: O significado de um funeral no Cemitério da Saudade

Como escolher um agente funerário

 

Onde a história da cidade e as histórias de família se encontram

 

 

Para além do sepultamento, uma experiência de arte e ancestralidade

 

Falar do Cemitério da Saudade em BH é falar da própria história da nossa cidade. Recentemente, tive o privilégio de acompanhar uma família tradicional de Belo Horizonte no sepultamento de sua matriarca, no jazigo que pertence a eles há quase um século. E caminhar por aquelas alamedas é uma experiência completamente diferente.

O que te envolve ali é um profundo senso de história. O som dos seus passos nos caminhos de pedra, a sombra das árvores centenárias, a visão das esculturas e dos mausoléus de mármore, muitos deles verdadeiras obras de arte. Cada anjo esculpido, cada epitáfio gravado com a caligrafia de outra época, conta uma história. É um museu a céu aberto. O erro seria enxergar apenas um cemitério antigo e um pouco decadente, sem perceber a riqueza cultural que ele guarda.

Minha dica, se um dia você for a um funeral no Cemitério da Saudade em BH, é se permitir observar. Veja os nomes nas lápides, as datas, os símbolos. Você está caminhando ao lado de prefeitos, artistas, imigrantes, de gerações de belo-horizontinos que construíram a cidade. Realizar uma despedida ali é um ato de profunda conexão com as raízes, com a ancestralidade. Não é apenas colocar um ente querido para descansar; é inscrever o nome dele, e o da sua família, no grande livro da memória de Belo Horizonte.